ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE BALSA NOVA (ANTIGA JOÃO EUGÊNIO)
Pesquisa de Ralph Mennucci Giesbrecht - www.estacoesferroviarias.com.br

E. F. Paraná (1891-1942)
Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1942-1975)
RFFSA (1975-1977)

PR - 1539
Linha Curitiba-Ponta Grossa - km 168,941 (1936)
variante Curitiba-Engenheiro Bley - km 312,964 (1987)

Inauguração: 18/11/1891
Uso atual: demolida / com trilhos
Data de abertura do prédio: 1891 (o primeiro) e 1987 (o segundo), ambos já demolidos

HISTÓRICO DA ESTAÇÃO: A estação de Balsa Nova foi inaugurada em 1891 e ficou, como uma
estação de madeira, até 1977, quando foi desativada, devido à entrega da variante Pinhais-
Engenheiro Bley. A cidade, que se tornou município em 1961, é muito pequena e os trilhos passam
junto à praça central. Em 1938, a cidade foi rebatizada como João Eugênio, embora a estação
ainda tenha mantido o nome Balsa Nova até 1945. Somente em maio de 1954 a estação e a vila
retomaram o nome original. "Na Balsa Nova, pequenos vendilhões pregam o clássico 'ói os ovos'.
Pastéis, milho cozido e frutas da época do ano. Garotos labutando pela vida, se fazem homens."
(Carlos Klug, "Viajando de Trem" - Correio dos Ferroviários, 01/1964).

A velha estação foi demolida poucos anos depois que a linha antiga foi removida. Segundo
moradores, ficava próxima à estação que foi construída em seguida, em 1987, para atender o
trem turístico da RFFSA que corria durante os fins de semana de Curitiba até a Lapa.
A desativação desse passeio, no início dos anos 90, fez com que a segunda estação, também
de madeira, fosse também abandonada e finalmente demolida por volta do ano de 1999. Segundo
Ismael Grecinsky, essa segunda estação era a estação de Barigui, desmontada e remontada em
Balsa Nova. Porém, uma foto do jornal O Estado do Paraná de 1991 mostra uma estação que
era bem diferente da estação de Barigui, na verdade num estilo simples mas mais moderno,
embora, realmente, de madeira. Fica portanto a dúvida.
Hoje em seu lugar existe apenas um aterrado junto à linha. Existe ainda uma casa, que era
do guarda-chaves, construída no lado oposto ao qual ficavam as estações anteriores, e um
armazém, hoje ambos devidamente abandonados. Alguns desvios originais ainda existem no
local onde ficava a estação.
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local, 2002; J. C. Kuester, 2009; Ismael Grecinsky; Roseane Franco; Paulo
Radtke; O Estado do Paraná, 1991; RVPSC: Horário dos Trens de Passageiros e Cargas, 1936; RFFSA: Relação de
estações, 1987; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1958)


ACIMA: Pátio de Balsa Nova em abril de 2009. Ao fundo, a casa do guarda-chaves, hoje em ruínas (em 2002 estava
inteira). Para a esquerda, fora da foto, mais ou menos à esquerda do fotógrafo, o armazém ainda inteiro (deve
estar sendo utilizado pela ALL). Para trás, saída para Curitiba (Foto J. C. Kuester, 04/2009).

HISTORICO DA LINHA: A linha unindo Curitiba a Ponta Grossa teve o seu primeiro trecho aberto
em 1891, chegando a Ponta Grossa em 1894. Mais ou menos na metade do caminho, a estação de
Serrinha, na margem direita do rio Iguaçu, dava saída ao ramal de Rio Negro, que seguia para o sul,
enquanto a linha de Ponta Grossa seguia para noroeste. Nos anos 1930 e 40, houve algumas
modificações no traçado na região de Serrinha, e o entroncamento passou a ser feito na estação
de Engenheiro Bley, próximo a Serrinha mas na margem esquerda do rio. No final dos anos 1969,
uma variante ligando esta última a Ponta Grossa tirou várias estações da linha; em 1977, a
variante Pinhais-Engenheiro Bley tirou mais outras, modificando totalmente o curso do ramal
original. No início dos anos 1990, já não sobrava mais nada da antiga linha em seu leito original.

Texto de Ralph Mennucci Giesbrecht
Publicado originalmente em: www.estacoesferroviarias.com.br
Versão atualizada de: 09/05/2009


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